Bolsonaro
vai criar superministério da Economia
Pastas do Meio Ambiente e Agricultura também serão
fundidas
Publicado
em 30/10/2018 - 16:52
Por Vladimir
Platonow - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Os ministérios da Agricultura e
Meio Ambiente serão fundidos no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro
(PSL), assim como as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e
Comércio - formando este último o superministério da Economia. A decisão foi
anunciada hoje (30), após reunião na casa do empresário Paulo Marinho, no
Rio de Janeiro.
O coordenador de economia da
campanha de Bolsonaro, Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia,
confirmou a criação do superministério, enquanto o deputado federal Onyx
Lorenzoni (DEM-RS), indicado para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio
Ambiente com a Agricultura.
Guedes e Onyx conversaram com os
jornalistas após reunião, onde trataram sobre a formatação do governo e o
início dos trabalhos da transição. Amanhã (31), Onyx deverá ir a Brasília para
se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a
equipe de transição do governo Temer.
Redução de ministérios
Onyx afirmou que o objetivo é
reduzir de 29 ministérios para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das
pastas é importante para dar agilidade às decisões.
“Nós vamos salvar a indústria
brasileira. Está havendo uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos
salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse
Guedes.
Guedes disse que o governo
pretende simplificar e reduzir drasticamente o número de impostos. “Será uma
abertura gradual. E a razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo
da Economia é para justamente existir uma mesma orientação econômica em tudo
isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar e a turma
do Ministério da Indústria e Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser
sincronizado, com uma orientação única."
Previdência
Ambos confirmaram também que o
próprio presidente eleito que vai conduzir a discussão sobre a reforma da
Previdência. “A reforma da Previdência, quem comanda essa decisão é o
presidente. O professor Paulo Guedes e toda equipe estão conversando com o
presidente, que vai nos sinalizar”, disse Onyx.
Ontem (29) Bolsonaro, em
entrevistas a emissoras de televisão, afirmou que pretende vir a Brasília na
próxima semana quando se reunirá com o presidente Michel Temer e também
pretende agilizar o debate sobre a reforma da Previdência.
Para Guedes, quanto mais rápido o
processo avançar, melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido
melhor. Nós estamos atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá
atrás. Agora, existe um cálculo político”, observou.
Em seguida, o futuro ministro da
Economia acrescentou: “Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais
rápido possível. O nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas
se transforme em uma confusão no Congresso”.
Saiba mais
- Moro diz que refletirá sobre convite para compor equipe de Bolsonaro
- Bolsonaro quer doar resto de campanha para hospital em Juiz de Fora
Edição: Sabrina
Craide
Comentários
Postar um comentário