Mesmo com
queda em junho, supermercados crescem 2% no semestre
Greve dos
caminhoneiros influenciou resultado negativo do mês
Publicado em 31/07/2018 - 15:38
Por Agência
Brasil São Paulo
O setor
de supermercados registrou crescimento de 2% no primeiro semestre de 2018 na
comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional
de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No mês junho, o
setor teve queda de 0,70% ante o mês anterior. Na comparação com junho de 2017
o resultado foi 3,37% maior.
Em
valores nominais, as vendas cresceram 5,37% no primeiro semestre. Em junho,
apresentaram alta de 0,55% em relação ao mês de maio e, quando
comparadas a junho do ano anterior, registraram crescimento de 7,89%, segundo
os dados divulgados hoje (31).
Para o
superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Marcio
Milan, a paralisação dos caminhoneiros foi o que impactou no resultado de
junho. “Já esperávamos uma queda nas vendas em relação ao mês anterior. Algumas
pessoas estocaram produtos no final de maio com a preocupação de que
a paralisação se estendesse por mais tempo. O setor também sofreu com o
desabastecimento de alguns itens, e isso também refletiu no resultado
negativo de junho”, explicou Milan.
Milan
ressaltou ainda que apesar de o setor ter crescido no primeiro
semestre, a entidade preferiu fazer uma revisão das projeções para 2018, por
conta da situação econômica do país. “A nossa projeção inicial era de 3,00%.
Mas, com a queda na previsão do PIB para o ano e alta da inflação dos últimos
12 meses (4,39%) próxima da meta do governo, reflexo da paralisação dos
caminhoneiros, aliados à alta do dólar e a queda na produção industrial, estamos
projetando 2,53% para o encerramento de 2018, um resultado ainda bem positivo,
na comparação com o fechamento das vendas de 2017, que registrou 1,25%”
Cesta de
produtos
O preço
da cesta de produtos Abrasmercado, com 35 produtos de grande uso pelo consumidor
apresentou alta de 2,70% junho com relação a maio ao passar de R$ 445,25 para
R$ 457,27. As principais altas registradas foram nos itens leite longa vida
(20,87%), batata (8,30%), frango congelado (8,13%) e queijo muçarela. No
sentido contrário aparecem a cebola (-11,59%), creme dental (-2,62%), farinha
de mandioca (-2,54%) e tomate (-1,61%).
A única
região que registrou queda nos preços da cesta foi a Norte, com -1,59%. a maior
variação apareceu na região Sudeste (6,70%). Na região Centro-Oeste o aumento
foi de 3,65%, Sul (3,05%) e no Nordeste (2,48%).
Edição: Sabrina Craide
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