Subsídios
do Tesouro a programa do BNDES somaram R$ 22 bilhões em 2017
- 31/01/2018 18h00
- Brasília
Wellton
Máximo - Repórter da Agência Brasil
Os subsídios do Tesouro Nacional
ao principal programa de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 22 bilhões no ano passado. Para 2018, a
conta deverá ficar em R$ 9,1 bilhões. Os valores constam de relatório divulgado
hoje (31) pelo Ministério da Fazenda.
Criado em 2009 e encerrado em
2016, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) destinava-se a financiar,
com juros reduzidos, os investimentos de empresas, a compra de bens de capital
(bens usados para produzir mercadorias), ações de pesquisa e desenvolvimento e
exportações. O programa foi executado com R$ 455 bilhões injetados pelo governo
por meio de títulos públicos. Os subsídios, no entanto, terão de continuar a
ser cobertos pelo Tesouro até 2041.
O PSI emprestava com juros
inferiores à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), taxa em 6,75% ao ano usada
até o ano passado para corrigir os empréstimos do BNDES. Dessa forma, os
subsídios do Tesouro dividem-se em dois tipos: os implícitos, que cobrem a
diferença entre a Taxa Selic (juros básicos da economia) e a TJLP por meio da
emissão de títulos públicos, e os explícitos, que cobrem a diferença entre a TJLP
e os juros para o tomador com recursos do Orçamento.
No ano passado, informa o
relatório, os subsídios explícitos para o PSI totalizaram R$ 6,369 bilhões,
queda de 32,8% sobre o valor desembolsado em 2016. Os subsídios implícitos
somaram R$ 15,661 bilhões, recuo de 46,26% em relação ao ano anterior.
O relatório converteu, para
valores atuais, quanto o Tesouro ainda terá de gastar com os subsídios do PSI
até 2041. A conta está estimada em R$ 62,309 bilhões. Desse total, R$ 10,865
bilhões correspondem aos subsídios explícitos e R$ 51,444 bilhões, aos
implícitos.
Edição: Fernando
Fraga
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