Massa
falida da Varig vai leiloar 30 imóveis da companhia em novembro
- 19/10/2017 17h17
- Rio de Janeiro
Douglas
Corrêa - Repórter da Agência Brasil
A massa falida da empresa de aviação Varig vai
leiloar, em novembro, 30 imóveis, peças aeronáuticas, equipamentos de
treinamento de comissários e utensílios de escritório, com uma estimativa de
arrecadação de R$ 130 milhões. O valor será rateado entre ex-funcionários – que
receberão até 150 salários mínimos –, fornecedores e acionistas.
A informação é do gestor judicial da massa falida
da empresa, Jaime Cunha, ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Assembleia Legislativa do Rio, que investiga os desdobramentos da
falência da Varig, deputado Paulo Ramos (Psol), em visita hoje (19) ao antigo
Centro de Treinamento da companhia, na Ilha do Governador, zona norte do Rio.
Saiba Mais
Desde 2010 - quando foi decretada a falência da
companhia - já foram realizados 17 leilões, que arrecadaram R$ 102 milhões. De
acordo com Jaime Cunha, "o dinheiro fica depositado em conta judicial. Os
primeiros a receber são os funcionários, desde que tenham uma autorização
judicial para isso. Neste ano, já foram retirados da conta R$ 50 milhões, para
o pagamento dos credores de rateios que foram executados”.
Centro operacional
O gestor informou ainda que atualmente o Centro de
Treinamento da Varig é administrado pela massa falida e recebe pilotos e
comissários de companhias nacionais e internacionais para treinamento e
revalidação de licença e, ainda, formar formar profissionais para trabalhar na
aviação. O complexo não está entre os que serão leiloados, pois há uma ação na
Justiça em que a União demanda a titularidade do imóvel, avaliado em R$ 70
milhões.
“Temos licença da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) para oferecer os serviços. Essa foi uma forma que encontramos para
arrecadar verba para a massa falida. O faturamento anual do Centro de
Treinamento é de R$ 12 milhões. Mas o recurso é ínfimo, comparado às despesas
que já ultrapassam R$ 100 milhões”, afirmou.
O presidente da CPI, deputado Paulo Ramos, reforçou
o papel da comissão em buscar solução para os ex-funcionários que ainda estão
sem receber. “Pudemos verificar em campo a dimensão do crime praticado contra
essa empresa de importância nacional. Por isso, temos que aprofundar as investigações
para compreender quais foram os autores e participantes na prática desse crime.
Mas também queremos tentar o mais rápido possível o caminho para a realização
dos direitos desses ex-funcionários”, disse o parlamentar.
Edição: Maria
Claudia
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