Taxa
básica de juros tem segunda queda consecutiva e fica em 13,75% ao ano
- 30/11/2016 18h22
- Brasília
Daniel
Lima - Repórter da Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central (BC) anunciou hoje (30) uma nova redução dos juros
básicos da economia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em
14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime.
No mês passado, o comitê também
reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos.
De acordo com comunicado
divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação recente mostrou-se mais favorável
que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas
também com sinais de desinflação mais difundida”.
O Copom destaca ainda, entre
outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de
referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções
para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e
4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e
4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente. Além disso, na
visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm
sido positivos até o momento.
Principal instrumento usado pelo
BC para controlar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de
títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o
Copom aumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito
fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o
controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes
anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
No Relatório de Inflação,
divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima
que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O mercado financeiro já estima um índice
menor. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições
financeiras divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%.
*Matéria
ampliada às 18h33
Edição: Juliana
Andrade
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