Salário mínimo sobe para R$ 880 em 1º de janeiro
- 29/12/2015
14h10
- Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
A partir do dia 1º de janeiro de
2016, o salário mínimo será de R$ 880. O valor foi definido em decreto assinado
hoje (29) pela presidenta Dilma Rousseff, que será publicado no Diário
Oficial da União de amanhã (30).
O aumento do salário mínimo será de
11,6%, já que, atualmente, o valor é de R$ 788. "Com o decreto assinado
hoje pela presidenta Dilma Rousseff, o governo federal dá continuidade à sua
política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40
milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional",
diz nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
A proposta de Orçamento aprovada
pelo Congresso Nacional previa um salário mínimo de R$ 871. Ainda hoje o
governo irá dar mais detalhes sobre o novo valor do salário para o ano que vem.
Edição: Juliana Andrade
Rossetto diz que
decreto com salário mínimo maior considera INPC de dezembro
- 29/12/2015
17h49
- Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
O
ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, disse hoje (29) que
o governo decidiu publicar o decreto instituindo o valor do salário mínimo em
R$ 880, a partir de 1º de janeiro, para fazer a atualização da inflação
referente ao mês de dezembro. A Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo
Congresso Nacional previa que o mínimo este ano seria de R$ 871, mas o valor
não incluía ainda o total da inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC) do ano.
Ministro
do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, fala à imprensa sobre o novo
salário mínimo, de R$ 880, que entrará em vigor no dia 1º de janeiroValter
Campanato/Agência Brasil
“Nós
editamos o decreto com o novo valor por conta da expectativa atualizada em
relação ao INPC de dezembro. Esse valor constitui a soma do Produto Interno
Bruto [PIB de 2014], que foi de 0,1%, e o INPC [de 2015], que foi 11,57%. O
valor, então, fica em R$ 880”, explicou o ministro.
Saiba
Mais
Rossetto
ressaltou que o novo valor é resultado da política de valorização do salário
mínimo que começou a partir de 2003 e que tem previsão legal para ser aplicada
pelo menos até 2019. Essa política prevê que o reajuste anual do mínimo deverá
ser feito pela soma da inflação do ano anterior, mais a variação do PIB de dois
anos antes.
Para
o ministro, o cálculo “assegura uma regra estável de piso para os rendimentos
dos trabalhadores brasileiros”. “Nós sempre temos que preservar a ideia
de que todas as receitas – previdenciárias e outras – serão corrigidas pelos
mesmos indicadores do salário mínimo”, disse Rossetto ao ser indagado se o
reajuste de R$ 92 em relação ao mínimo aplicado em 2015 não poderia complicar
ainda mais a crítica situação das economias dos estados.
O
ministro disse também que o Ministério do Planejamento ainda está fazendo o
cálculo do impacto no Orçamento do aumento, relativo à diferença entre o mínimo
previsto pelo Congresso e o determinado no decreto assinado hoje pela
presidenta Dilma Rousseff. Segundo Rossetto, atualmente 21 milhões de pessoas,
entre aposentados, pensionistas e trabalhadores rurais, recebem do governo
federal em valores medidos com base no salário mínimo.
Economia
em 2016
Ao
falar sobre a situação econômica do país em 2016, o ministro disse que o
governo está trabalhando para melhorar os indicadores econômicos no próximo ano
com uma estratégia que incluirá oferta de crédito, aumento dos investimentos,
retomado do setor de óleo e gás e da construção civil, redução da inflação e
aquecimento do mercado interno com a manutenção do poder de compra da
população.
Rossetto
espera também que os empregos perdidos com a crise econômica comecem a ser
recriados ainda no primeiro semestre de 2016. O ministro lembrou ainda que o
Congresso Nacional passou “todo o ano de 2015 discutindo políticas
previdenciárias” e que o assunto deverá ser retomado pelo próprio governo já no
começo do próximo ano. “Nós queremos debater o aperfeiçoamento do Sistema
Previdenciário no primeiro trimestre de 2016”, afirmou.
Edição: Aécio
Amado
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